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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

I love Lucy (1951-1957)





Lucille Ball, ao lado de Betty White, deve ser a comediante de televisão mais famosa dos Estados Unidos. Não é a toa, I love Lucy foi o primeiro sitcom ever da televisão, definindo todo esse gênero de programa. Mesmo após seu fim, em 1956, Lucy e seus cabelos ruivos continuaram famosos, e a moça trabalhou até o ano de sua morte, em 1989.

A ruiva de Rhode Island tem méritos não por apenas ter criado o primeiro sitcom com seu marido, Desi Arnaz, mas por ser a primeira mulher do ramo. E vocês sabem como nos queridos anos 50, a coisa não era fácil se você resolvia não ser dona de casa. Ser atriz nessa época era um calvário, uma vez que a profissão era relacionada à mulheres indecentes. Somente por essa razão, Ball é uma heroína para mim. Vocês imaginem o que era fazer parte da produção de um programa/sociedade/mundo dominado pelos homens. É difícil imaginar, mas Lucille com seu temperamento classificado por muitos como difícil conseguiu se firmar nesse métier, o que acho que deixou muitos com medo.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sintonia de amor (1993)


Você não quer se apaixonar! Você quer se apaixonar em um filme!

Nora Ephron, tanto como diretora e roterista, soube como ninguém relatar os problemas da mulher moderna e independente, que apesar de tudo ainda guarda sonhos românticos. Com Harry e Sally, de 1989, com a famosa parceria com Rob Reiner, explorou todos os aspectos dos relacionamentos  possíveis entre homens e mulheres. Em Sintonia de amor, porém, ela deixou que uma homenagem aos tradicionais filmes "de mulherzinha" tomasse conta da história, transformando o filme em uma das mais célebres e adoráveis comédias românticas dos anos 90.

sábado, 19 de outubro de 2013

Sortilégio de amor (1958)



O dia das bruxas está chegando, e com isso pipocam por aí dicas de filmes para assistir relacionados ao tema. Sendo assim, decidi eu mesma compartilhar uma dica, uma dica preciosa que tornou-se uma agradável surpresa para mim, que tenho grande afeto pelos protagonistas desse filme.

Devo alertar, é claro, que embora o casal principal venha de um filme de Hitchcock, a história está mais para Bewitched do que para A bruxa de Blair, portanto se você não gosta de histórias de bruxinhas adoráveis, caia fora! Mas, outro alerta (e um convite): James Stewart e Kim Novak podem (e vão), com o perdão da expressão breguinha, enfeitiçar você. Basta você deixar, relaxar e sentar para assistir Bell, Book and Candle, uma pérola cinematográfica (no bom sentido) de 1958.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Crepúsculo dos deuses (1951)



Eu sou grande, os filmes é que ficaram pequenos.

Começo esse post de maneira pouco convencional, falando sobre alguém que não tem nada a ver com Crepúsculo dos deuses: Joan Crawford. Quer dizer, ela não tem nada a ver diretamente. Indiretamente Joan tem, sim, muito a ver com esse filme, pois ele representa um momento que ela e outras atrizes estavam vivendo, ou seja, o ostracismo. Ontem estava revendo uma de suas entrevistas para a BBC, em 1965 se não me falha a memória. Em certo momento, ela começa a falar que sente falta de sua época inocente, os doces anos 30. Que tudo estava escancarado naqueles “dias de hoje” (imagina agora então) e que os artistas de sua época tinham um mistério, que ninguém sabia nada sobre a vida pessoal deles e que esse mistério era a graça de tudo. Crawford odiaria Twitter, Instagram e Facebook, mas isso não vem ao caso. O fato é que Crepúsculo dos deuses contém essa amargura, essa nostalgia desse tempo que está suavizado na fala de Crawford. É a visão realista que por vezes nos choca e entristece neste clássico do diretor Billy Wilder.


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Além da imaginação (1959-1964)


Quando o canal Universal ainda se chamava USA, os sábados à noite eram dias sagrados para mim. Eu era criança, talvez tivesse uns seis ou sete anos, mas a imagem de uma garotinha loira e sua madrinha deitadas no sofá cor de vinho de um antigo apartamento assistindo Além da imaginação permanece como uma das melhores lembranças da minha infância. Consigo lembrar o medo que sentia quando a famosa música de abertura começava e aquelas sequências de imagens, quase inspiradas no sonho de James Stuart em Um corpo que cai, invadiam a tela. Os anos se passaram, mas Além da imaginação permanece cultuado por fãs de todas as idades e é considerado um dos precursores dos programas/seriados do gênero ficção científica, suspense e terror.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Quanto mais quente melhor (1959)


- Esse sexo é completamente diferente!
- Vamos, ninguém está querendo que você tenha um bebê.
Ninguém é perfeito, é claro, mas na mais famosa comédia de Billy Wilder, todos os envolvidos estiveram bem perto de ser.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Um Clarão nas Trevas (1967)


O plot é até simples, sobre uma jovem cega interpretada por Audrey Hepburn, o marido, uma vizinha curiosa e uma boneca recheada de heroína. Rodado quase que inteiramente dentro de um apartamento durante mais um dia cotidiano, conta com um roteiro tão ardiloso que você não vai deixar de assistí-lo sem saber o final!

Outra dica para os viciados em suspense, Wait Until Dark (Um Clarão nas Trevas, no Brasil) foi um sucesso de público e crítica no ano do seu lançamento, faturando $7,350,000 apenas na América do Norte. Mesmo assim, acho que não sobreviveu tanto ao teste do tempo e deveria ser mais lembrado. Como aconteceu com Marilyn Monroe, Hepburn se destacava nas comédias e romances, até que filmes como o inesquecível "Infâmia" e "Um Clarão nas Trevas" nos permitiram apreciar outra face de sua performance. O filme rendeu a Audrey uma indicação ao Oscar em 1967.

sábado, 5 de outubro de 2013

A Casa da Noite Eterna (1973)


Inspirado no romance "Hell House" de Richard Matheson, que também escreveu a adaptação para o cinema, The Legend of Hell House (A Casa da Noite Eterna, no Brasil) se tornou um dos filmes definitivos sobre casas assombradas. Diria que é o filme de "hell house" que chegou mais perto de me assustar! No início já me chamou atenção quando a introdução adverte: "Embora a história desse filme seja fictícia, os eventos apresentados e relacionados com fenômenos psíquicos entram somente no campo do possível, se bem que poderiam ser verdade."

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Perdidos na Noite (1969)


Era uma vez uns jovens com um milhão de ideias na cabeça, cansados daquela gente elegante, bonita e sincera, os grandes magnatas dos estúdios de Hollywood. O advento da televisão foi o primeiro sinal de que os olhos do mundo não estavam mais voltados para o cinema, como diria Norma Desmond. Os estúdios passaram a investir no technicolor, cinemascope, entre outros para trazer as pessoas de volta às salas de cinema. Não deu muito certo. Para que ir ao cinema se posso ficar em casa assistindo I love Lucy? Os anos 60 chegaram e parecia que as comédias protagonizadas por Doris Day e Rock Hudson datavam da época das cavernas. O mundo pedia por mudanças e o cinema não tardou a reivindicar mudanças. Chega desses filmes comerciais e dessas estrelas que não nos representam.

Onde começa o inferno (1959)


John Wayne é sinônimo de bom western. Com Dean Martin, Walter Brennan, Angie Dickinson e Ricky Nelson no mesmo filme então, não podia mesmo dar errado. E Howard Hawks dirigindo, preciso dizer mais?

Feito como uma resposta ao filme Matar ou morrer, de 1955, que, diga-se de passagem, irritou John Wayne, Onde começa o inferno mostra que xerife bom é aquele que não tem medo de sacrificar-se pelo bem de sua cidade.