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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Cinco filmes de Grace Kelly que você deveria ver


Se estivesse ainda entre nós Grace Patricia Kelly, a Princesa Grace de Mônaco, estaria hoje completando 84 anos. Musa de Hitchcock, Grace abandonou o cinema precocemente para casar-se com Rainier III, que proibiu a esposa de atuar, tendo inclusive banido seus filmes de Mônaco. Ainda assim, Grace deixou para a história do cinema uma pequena, mas respeitável filmografia. Como forma de lembrar a data e homenagear a eterna "princesa de gelo", como apelidou-a Hitchcock, vale relembrar cinco filmes da musa que merecem ser vistos e revistos.


5. Alta sociedade (1956)


A versão musical de Núpcias de escândalo (1940) foi o último filme de Grace antes de trocar Hollywood por Mônaco. No papel que antes foi de Katharine Hepburn, a geniosa Tracy Lord, Grace mostra sua pouco explorada faceta cômica ao lado de Celeste Holm, Frank Sinatra e Bing Crosby. Tracy é uma mulher divorciada que está prestes a se casar com um notório e rico pamonha, quando seu ex-marido Dexter (Crosby) aparece para atrapalhar os preparativos, levando consigo os jornalistas Mike (Sinatra) e Liz (Holm). Tracy tem então que decidir se casa, compra uma bicicleta, relembra os velhos tempos com Dexter ou busca novas aventuras na companhia de Mike. A história é embalada pelas canções de Cole Porter na voz de Sinatra e Crosby, além de uma ponta de Louis Armstrong. Grace tem até um dueto com Bing Crosby, e o resultado é adorável. 

4. Ladrão de casaca (1955)


Último filme de Grace com Hitchcock, Ladrão de casaca é uma prova inegável da química de seus protagonistas. Apesar de grandes amigos fora das telas (ou talvez por causa disso mesmo), Cary Grant e Grace trazem para seus personagens sensualidade e entrosamento como poucos casais do cinema conseguiram. Na história, Cary é Robie, um ex-ladrão de joias que possuia nos áureos tempos da profissão um método todo seu de roubar. Quando alguém começa a utilizar esse método  na Riviera Francesa, justo quando Robie está lá, todas as suspeitas recaem sobre ele. Tudo se complica quando ele se interessa pela jovem rica Frances (Grace), que ao mesmo tempo que está apaixonada, desconfia dele. Ladrão de casaca foi ainda responsável por decidir o futuro de Grace, já que durante os intervalos das gravações em Mônaco ela conheceu seu futuro marido, Rainier. Uma coincidência triste relacionada ao filme foi que Grace teria seu fim, anos mais tarde, na mesma estrada em que se passam as cenas finais de Ladrão de casaca.

3. Matar ou morrer (1952)


Matar ou morrer foi o filme decisivo na carreira de Grace, pois sua atuação nele lhe renderia ótimos papéis no futuro (além de um rumoroso caso com Gary Cooper, que culminaria em um fora mais tarde por parte dele. Meu lado Louella Parsons falando mais alto). No filme, Will (Cooper) é um xerife ameaçado no dia de seu casamento por um criminoso que chega à cidade sedento por vingança. Apesar de sua noiva Amy (Grace) pedir que os dois fujam, Will Kane tenta recrutar a ajuda da população, mas acaba tendo que enfrentar o perigo praticamente sozinho. Um faroeste atípico e tenso, Matar ou morrer foi o responsável pelo despontar da carreira de Grace Kelly.

2. Amar é sofrer (1954)


No filme que deu à Grace seu único Oscar, Bing Crosby é um ator decadente que tornou-se alcoólatra após uma tragédia em sua vida com a esposa Georgie, vivida por Grace. Bernie, um diretor de sucesso, interpretado por William Holden, tenta ajudar o amigo a dar a volta por cima, dando-lhe um papel em sua nova peça. No meio disso tudo, Bernie se apaixona por Georgie, mas é rejeitado por ela, que sofre com a fraqueza do marido e a situação em que vivem. A atuação de Grace é primorosa, sofrida, e não foi à toa que ela ganhou o prêmio da Academia no ano seguinte, despertando, dizem, o ódio eterno de Judy Garland, que concorria por Nasce uma estrela, e era a favorita da crítica e do público. Vale a pena conferir Amar é sofrer e descobrir por si só, por que Grace tirou o prêmio de Judy. 

1. Janela indiscreta (1954)


O melhor filme que tanto Grace quanto James Stewart fizeram com Hitchcock, Janela indiscreta é uma aula de como fazer cinema, e isso já um ótimo motivo para assisti-lo. No entanto, a a atuação dos atores pesa aqui, e como. Grace traz uma de suas melhores atuações na pele de Lisa, a noiva do fotógrafo L.B. Jeffries (Stewart), que após um acidente, fica temporariamente confinado em uma cadeira de rodas, com a perna machucada, sem poder sair de casa. Entediado, o fotógrafo logo percebe que xeretar a vida dos vizinhos pode ser emocionante, sobretudo quando ele desconfia que um deles pode ter assassinado a mulher. Inicialmente Lisa e Stella (a sempre brilhante Thelma Ritter) não levam a sério a desconfiança de Jeffries, mas em pouco tempo elas acabam envolvidas e resolvem investigar o caso. O mais interessante do filme é observar a evolução tanto dos protagonistas quando das pessoas que vivem nos outros apartamentos, principalmente através de gestos, já que somos convidados por Hitchcock, através das lentes e olhos de James Stewart a bisbilhotar, a imaginar e, por fim, desconfiar das intenções do vizinho sorrateiro. A personagem de Grace é célebre por seu figurino impecável e por suas tentativas de seduzir o noivo e distraí-lo da nova diversão que arranjou. A famosa sensualidade glacial de Grace atinge aqui o seu ápice.


Publicado por: Camila Pereira

2 comentários:

  1. Dos cinco, eu vi Janela Indiscreta e Ladrão de Casaca que tenho o VHS, dois filmaços. Tendo oportunidade verei os outros recomendados.

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