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quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Agora Seremos Felizes (1944)

"O cativante musical de Minnelli chega fresco como tinta a cada vez que é assistido!"

O mundo estava em guerra em 1944 e "Meet Me In St. Louis" era um retrato nostálgico da perfeita família americana do início do século passado. Para o figurino, a estilista Irene Sharaff encontrou no material da MGM o catálogo da Sears de 1904. Vincente Minnelli, que começou como cenógrafo na Broadway, teve cuidado minuncioso quanto a fotografia deste, que foi seu primeiro em technicolor. Sobre o período de pesquisa e sua incansável preocupação com os detalhes, vale mencionar as palavras do próprio: "Acho que um filme inesquecível, é feito de centenas de coisas escondidas."

Recentemente, encontrei o DVD esgotado no Brasil, a venda na locadora por preço de banana. Foi a oportunidade que faltava para conhecer o filme que a tanto tempo queria assistir e um amigo avisou "Veja o quanto antes, se eu pudesse morar em um filme, seria em Meet Me In St. Louis". Mais que um clássico Natalino, "Agora Seremos Felizes" deve ser descoberto em qualquer estação!

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

A loja da esquina (1940)



Sempre digo que os filmes podem nos surpreender para bem ou para o mal. Para não falar de novo sobre Barbara Stanwyck (a intenção era que minha dica de natal fosse Remember the night, um de seus filmes com o adorável Fred MacMurray), decidi procurar uma lista de filmes de natal. Foi mais ou menos como a personagem de Cher em Minha mãe é uma sereia escolheu a cidade onde ela e as filhas morariam: apontei o cursor para o primeiro filme da tela. E esse filme era A loja da esquina.

Só posso dizer que foi uma escolha surpreendente. Quando o filme terminou, a primeira coisa que me perguntei foi: onde está o espírito de natal? Será que devo escrever sobre ele? A loja da esquina me deixou uma sensação de melancolia e levemente triste. Porém, se você olha com atenção para o filme verá que ele exalta algo que deveríamos levar para a vida inteira: a capacidade de enxergar o lado bom das coisas, mesmo quando tudo parece fadado ao fracasso.

Um anjo caiu do céu (1947)



Como Jessica disse na edição dos Clássicos de Natal do ano passado: então é Natal, e que filme iremos assistir? Tendo isso em mente, trazemos de volta a série de posts com clássicos natalinos para você entrar no clima da data.

E começamos com um filme de 1947, que traz nada mais, nada menos, Cary Grant no papel de um anjo um tanto quanto safado e conquistador. Além dele, Um anjo caiu do céu traz também David Niven (que tem cara do tio que faz a piada do pavê) e Loretta Young nos papéis principais, e contém todas aquelas boas sensações que geralmente os filmes ambientados nessa época nos provocam.

E olha, tomara que, se os anjos existirem, eles sejam igual ao Cary Grant nesse filme.

domingo, 21 de dezembro de 2014

Sidewalks of London (1938)


Na época em que Vivien Leigh desabrochava como iniciante atriz britânica, que vinha do teatro e era pouco conhecida nos Estados Unidos, estrelou ao lado de Charles Laughton o filme "Sidewalks of London", também conhecido como "St. Martin's Lane". Apesar do clima nos bastidores não ser dos melhores, foi uma boa parceria para Laughton e outro veículo para que Leigh fosse notada, no filme que antecede sua performance no papel de Scarlett O'Hara no ano seguinte.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

À meia luz (1944)


Nunca, nesses poucos anos de cinefilia, havia vivido a experiência de achar que não aguentaria assistir a um filme até o final por odiar tanto a personagem principal. Durante todo tempo de duração de À meia luz (Gaslight) vivi o dilema de ou desligar a televisão ou quebrá-la. Esse filme de George Cukor certamente lhe causará arrepios na espinha, raiva e revolta. Tudo ao mesmo tempo.

Durante as eleições brasileiras desse ano para presidente algo chamou bastante a atenção: a postura dos candidatos em relação às candidatas. Toda vez que Luciana Genro ou Dilma Rouseff confrontavam seus adversários, pisavam em seus calos, elas eram chamadas de levianas ou loucas. O que os candidatos fizeram com essas duas mulheres se chama gaslighting e adivinha de onde vem o termo? Acertou, vem desse filme. O que a personagem principal do filme, interpretada por Charles Boyer, faz com sua esposa é exatamente isso: desacreditá-la ao ponto de ela achar que está louca.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

#Top 100 Looks do cinema - #1 - Marilyn Monroe em “O pecado mora ao lado” (1955)


Hoje estreia aqui no Cine Espresso uma série sobre looks memoráveis do cinema. Convidamos Lucas Kovski, que é apaixonado por cinema e moda, para unir o útil ao agradável aqui no blog. Ele escolheu 100 looks da história do cinema, e conta um pouco da história desses figurinos a partir de hoje aqui. E não poderia ter escolhido uma forma melhor de começar.

domingo, 14 de dezembro de 2014

Ontem, hoje e amanhã (1963)


"Marcello, Marcello... A corrida atrás do sol não teria sido tão intensa e plena de satisfação sem ele. Seu olhar doce e seu sorriso belo sempre me acompanharam, proporcionando segurança, alegria e mil outras emoções (...) uma longa amizade, densa de afeto e ternura, que no set eu sabia se iluminar de paixão."

(Sophia Loren, em sua recente autobiografia "Ontem, hoje e amanhã")

Se houve um casal com química nas telas, foi Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Considerados os maiores astros do cinema italiano, Sofi' e Marcello trabalharam juntos em 12 filmes, começando em 1954 e indo até o derradeiro trabalho em Prêt-à-Porter, de Robert Altman, em 1994. Nesse último trabalho, os dois reprisaram uma cena de um de seus filmes mais famosos: Ieri, oggi, domani, em português Ontem, hoje e amanhã. Nesse filme temos não só esse casal fantástico, mas o diretor que soube como ninguém tirar proveito da química de Mastroianni e Loren: Vittorio De Sica. Sophia chama em seu livro esse trio de "fantástico". Os três se divertiam muito fazendo cinema, e isso nunca ficou tão claro quanto nesse grande sucesso, que ganhou o Oscar de filme estrangeiro em 1964.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

#Tradução: Entrevista com Olivia de Havilland





A atriz nos forneceu um relato profundo sobre um dos mais bem-sucedidos filmes de todos os tempos

Você consideraria fazer algo ilegal? Perguntou o diretor George Cukor a então atriz de 22 anos, Olivia de Havilland, quando lhe telefonou em 1938. Ele estava ligando por baixo dos panos para convidá-la a desafiar o contrato que a prendia a Warner Brothers e fazer o teste para o papel de Melanie Hamilton Wilkes de E o vento levou. Ela fez o teste e ganhou o papel. Porém uma tarefa ainda maior viria a seguir: persuadir o chefe do estúdio, Jack Warner, a liberá-la para atuar em um filme produzido pelo estúdio rival. 

No entanto, como qualquer um que conhecia a atriz podia atestar, ela saboreava contornar as regras de Hollywood. “Liguei para a esposa do chefe”, disse, “e perguntei se ela gostaria de tomar um chá comigo no Brown Derby”. Como a maioria das pessoas em Hollywood, Ann Warner estava grudada no romance E o vento levou e mal podia esperar para vê-lo no cinema. “Entendo”, disse Ann, “e irei ajudá-la”. Algum tempo depois, Jack Warner assinava documentos que permitiam que De Havilland pudesse se deslocar até Culver Studios para aparecer no épico. E o resto, como se diz, é história.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

#Vídeos: "Nasce uma estrela" (1954) - Comentários



Nasce uma estrela é o tipo de filme que, depois de começar a assistir, você se pergunta porquê demorou tanto tempo para descobri-lo. 

Um retrato amargo, fiel e muito verdadeiro dos anos de ouro de Hollywood. 

TEM VÍDEO NOVO NO AR!

Reserve as caixas de lenço e venha conhecer um dos grandes filmes dessa grande atriz que foi Judy Garland. 

(e vamos chorar eternamente por ela não ter ganho o Oscar por esse filme, sim ou com certeza?)

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O rei e eu (1956)


2014 foi, dentre outras coisas, o ano em que aceitei Rodgers & Hammerstein em minha vida. E, oh boy, que diferença isso fez! Musicais coloridos, exuberantes e alegres, com canções que grudam, mas de uma forma legal, na cabeça.

Um desses filmes foi The King and I, de 1956, que acabou por se tornar um dos meus favoritos absolutos. Shall we dance passou a ser a música que toca 24 horas por dia praticamente na minha cabeça, e não posso esquecer Yul Brynner e Deborah Kerr dançando juntos e transcendendo a tela.

O musical é baseado na história real do rei Mongkut, do Sião (atual Tailândia), e da professora inglesa Anna Leonowens, contratada para ensinar a cultura ocidental para os inúmeros filhos do monarca. Um choque cultural e de personalidades inicialmente, torna-se em respeito mútuo e algo mais com o passar do tempo. Rodgers & Hammerstein adaptaria a história em um dos musicais mais bem sucedidos da Broadway, e, como não poderia deixar de ser, com todo o sucesso, Hollywood logo viu ali a chance para mais um sucesso de bilheteria. Dos palcos, o diretor Walter Lang não trouxe só os belos figurinos e músicas, mas também o ator Yul Brynner, que acabaria por consagrar sua carreira no papel do rei rabugento e teimoso, que, estranhamente, não conseguimos deixar de amar.

Forninhos falling down!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Na glória, a amargura (1963)



O último filme de Judy Garland, Na glória, a amargura (I could go on singing) é uma despedida dolorosa e única do cinema. Por misturar ficção e realidade é difícil assisti-lo sem pensar na própria vida da atriz. E mesmo sem conhecer um pouco de sua vida você se emociona. Filmes sobre o show business, por mais engraçados que sejam, sempre tem um ar sombrio, não acham?

Reserve sua caixa de lenços, principalmente se você é um fã da linda Judy Garland, e venha conosco!